Enchendo o prato: jovem cria projeto social em Goiás para atender pessoas que sofrem com a fome
Associação Caminhos do Bem Goiás nasceu em meio a pandemia com o intuito de atender pessoas em vulnerabilidade socioeconômica
A associação Caminhos do Bem Goiás nasceu em meio a pandemia em Goiânia com o intuito de atender pessoas em vulnerabilidade socioeconômica e em situação de rua. Paulo Henrique, (24 anos), presidente do projeto, trabalha como cuidador de idosos e sempre gostou de projetos sociais e, diante de uma situação de crise global, decidiu fundar a associação junto de seu amigo, Kiones Pereira.
O que levou os dois amigos a criarem a associação foi o fato de verem tantas pessoas passando fome no estado de Goiás. Mas somente os dois, financeiramente não podiam fazer muito para mudar a situação, então tiveram a ideia de fazer parcerias com outras instituições e pessoas com a intenção de fortalecer as ações e poder ajudar essas pessoas de forma mais efetiva.
Principais atividades
As principais atividades da associação são as entregas de refeições em portas de hospitais, asilos e para moradores de rua. A Caminhos do Bem também realiza ações sociais nos lugares mais carentes de Goiás que conseguem chegar que incluem os municípios Trindade, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Bonfinópolis, Goianinha e outros. Além disso, a associação faz doações de cestas básicas, dão suporte para mães através de enxovais para bebês, entregam camas, móveis, roupas, materiais escolares, cobertores e agasalhos – ou seja, tudo que conseguem em doação repassam para os mais necessitados.
Futuramente a Associação planeja, conseguindo apoio, oferecer cursos.
Desafios enfrentados
Paulo Henrique diz que o maior desafio enfrentado pela associação sempre foi e ainda é não ter condições de atender a demanda de mais de 6 mil famílias que precisam de ajuda, praticamente é uma luta diária. “Ainda não temos a estrutura e ajuda necessária para melhorar a qualidade de vida, se não de todos, ao menos da maior parte dos necessitados existentes então, esse é o desafio maior. O projeto ainda não tem um CNPJ, mas estamos providenciando, isso nos prejudica muito, fica tudo mais difícil. Temos que nos reinventar sempre. Mas o importante é estar sempre na luta pelo próximo”, conta ele.
A Associação Caminhos do Bem de Goiás tem conseguido dar continuidade às atividades a que se propõe através de arrecadação com realizações de bazares beneficentes, festas solidárias, campanhas e pedindo a colaboração de voluntários. Mas ele diz que estão tendo dificuldades, ainda, por conta da pandemia. Segundo ele, é difícil conseguir doações, organizar equipes, e encontrar pessoas que ajudem de forma contínua e não só pontual.
“Todos costumam falar que a fome não espera, e é verdade. Mas enquanto eu tiver vida e saúde, estarei lutando para ajudar essas famílias, que são centenas”, termina Paulo Henrique.
A associação hoje tem uma demanda de, em média, 500 famílias atendidas mensalmente.
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