Paulinha Protetora atua desde 2017 resgatando cães e gatos das ruas de Fortaleza
Projeto oferece cuidados a mais de 100 animais no Ceará
Protetores são pessoas que amam os animais, amam tanto que muitos ultrapassam os próprios limites para cuidar e protegê-los – e muitas vezes tirando dinheiro até de onde não tem para proporcionar esse cuidado. É o caso de Paula Gomes, conhecida como Paulinha Protetora, vendedora num shopping de Fortaleza, Ceará, onde mora. Ela cuida, atualmente, de 105 animais, a maioria deles, gatos.
O projeto começou em 2017, quando Paula começou a atuar em um ponto de abandono de animais, ao lado de sua casa, oferecendo suporte com medicação e alimento. Naquele momento, ela ainda não tinha ideia do que era de fato a “causa animal”, pois ajudava de forma mais pontual e apenas quando tinha condições para isso. Mas o número de animais abandonados no local começou a aumentar a cada dia. Foi aí que Paulinha começou a levar os filhotes para a casa da sua mãe, com o objetivo de cuidá-los, alimentá-los e, quando prontos, ela os colocava para adoção.
O amor de Paulinha pelos animais aumentava cada vez mais – proporcional à quantidade de bichinhos resgatados por ela também. Chegou um ponto em que o número de filhotes cresceu tanto que ela foi obrigada a alugar uma casa só para eles, pois na casa da mãe já não tinha espaço. Ainda que fizesse um trabalho contínuo, Paula se via sozinha, sem muito conhecimento sobre os resgates e o que fazer a seguir e, principalmente, sem ajuda. Ela nunca tinha tratado tantos animais, o que fez com que as dificuldades aumentassem. Apesar de algumas doações mensais e apadrinhamentos, hoje, 90% de sua renda é investida nos animais.
Desafios para manter o projeto Paulinha Protetora
Hoje Paulinha enfrenta desafios diários, devido à escassez de recursos, principalmente financeiros. A média do gasto mensal, só com ração, chega a R$ 3 mil, além de aluguel, água, energia, medicamentos e material de higiene e limpeza. As despesas no geral, mensalmente, ficam entre R$ 7 e 8 mil reais. Existem os momentos em que um animal adoece, e, consequentemente, as despesas crescem em função de internação, exames, medicamentos e consultas.
Hoje, Paulinha já não resgata mais animais, pois o número já é muito grande. Ela acredita que uma hora a pessoa tem que parar ou acaba se transformando numa acumuladora – e, ao invés de ajudar, acaba prejudicando a vida e a saúde dos animais, além da própria vida e saúde também. Nos primeiros dias de cada mês, Paulinha apresenta uma prestação aos doadores do projeto no seu perfil.
Adote um animal abandonado
Acesse o perfil da Paulinha no Instagram para informações mais detalhadas.
O projeto precisa de doação de ração, roupinhas, itens de higiene e brinquedos.
Dicas aos leitores:
Para se proteger de possíveis golpes, faça visitas ao local e, se possível, peça notícias do animal apadrinhado, solicite notas fiscais de produtos comprados com dinheiro doado, comprovantes e fotos.