Programa Mães Guardiãs fortalece comunidade escolar ao empregar mulheres
O programa da Prefeitura de São Paulo surgiu durante a pandemia do coronavírus e seleciona mulheres desempregada
Criado em 2021, o projeto Mães Guardiãs, da Prefeitura de São Paulo, beneficia estudantes, suas famílias, o ambiente escolar e milhares de mulheres que estavam sem trabalho e hoje desempenham uma função muito importante para a sociedade.
A ideia surgiu durante a pandemia de Covid-19 e seleciona mulheres desempregadas, especialmente mães de alunos, para exercer funções de apoio na área da educação. Elas recebem capacitação, trabalham seis horas por dia, de segunda a sexta-feira, e ganham uma bolsa-auxílio que hoje corresponde a R$1.386,00.
No início, a missão do Mães Guardiãs, que faz parte do POT, Programa Operação Trabalho, fruto de uma colaboração entre a SME, Secretaria Municipal da Educação, e a SMDET, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.
O objetivo era ajudar as escolas a receber os alunos na volta às aulas presenciais de forma segura, respeitando os protocolos sanitários, após o longo período de ensino à distância imposto pela pandemia.
Logo depois, as mães guardiãs passaram a auxiliar no restabelecimento do vínculo entre as famílias e a escola, acompanhando a frequência escolar dos estudantes, realizando visitas domiciliares em casos de alunos com faltas injustificadas e colaborando com a promoção da boa convivência escolar.
Diante do sucesso do programa ele foi ampliado e, recentemente, o Mães Guardiãs selecionou mulheres para ajudar também a desenvolver hortas pedagógicas nas escolas municipais.
Um projeto que incentiva o aprendizado no campo da Biologia, promove a Educação Ambiental e incentiva a alimentação saudável, além de fornecer hortaliças para a merenda escolar.
Parceria que deu certo
Segundo Henrique Richardson Pereira, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Maílson Delane, na região de Guaianases, na zona leste de São Paulo, o Mães Guardiãs vem ajudando a reduzir o distanciamento entre os estudantes e a comunidade escolar provocado pela pandemia. “O programa empregou mães que precisavam trabalhar, estavam na comunidade e tinham contato com muitas famílias”, conta.
A paulistana Elenita da Silva Matos Soares teve a vida transformada pelo projeto. Mãe de um menino de 6 e uma menina de 4 anos, ela foi selecionada para a função de busca ativa no início de 2022.
Nesse trabalho ela se orgulha especialmente de uma adolescente que faltava muito e tinha problemas de relacionamento na escola. Ela diz que conversou muito com a jovem e a família e, aos poucos, a reintegração ao ambiente escolar aconteceu. “Hoje, quando ela passa por mim, me chama de mãe”, afirma, orgulhosa, Elenita durante uma entrevista ao oglobo.globo.com
Além do impacto direto que Elenita tem sobre as famílias e estudantes, com quem está sempre em contato, o projeto trouxe uma transformação importante em sua própria vida também. Inspirada pela interação com os alunos e seu papel como mãe guardiã, decidiu cursar pedagogia. Na escola, todos a apoiam, ajudam e torcem por ela.
Hoje o projeto Mães Guardiãs conta hoje com sete mil participantes.
Critérios para ser uma Mãe Guardiã
Ser moradora de São Paulo, ter entre 18 e 59 anos, estar desempregada há mais de quatro meses, não estar recebendo seguro-desemprego, ter renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa e ligação com a comunidade escolar.
As inscrições ocorrem no CATE, Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo, que apesar de neste momento não ter vagas abertas para o programa Mães Guardiãs, oferece várias outras oportunidades para recolocação no mercado de trabalho. Vale a pena dar uma olhada.
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