Conheça as ações da Central Única das Favelas no Amapá
No contexto da pandemia de Covid-19, a CUFA-AP, junto à sua rede de voluntários, foi essencial na prestação de suporte a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social
Crédito: Dayane Oliveira Ferreira
Por: Gabriel Murga / Lupa do Bem – Favela em Pauta
No estado do Amapá, a Central Única das Favelas (CUFA) realiza atividades nas áreas de educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, a exemplo do grafite, DJ, break, rap, audiovisual, basquete de rua, literatura, além de outros projetos sociais.
No contexto da pandemia de covid-19, a CUFA, com sua rede de voluntários, foi essencial na prestação de suporte a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social.
“Além das populações que vivem nos territórios onde estão os polos da CUFA, tentamos contemplar outros segmentos em situação de vulnerabilidade como indígenas, quilombolas, travestis e transexuais. Nesse contexto de transição, estamos centrando esforços para criar ações que promovam autonomia econômica para as mulheres”, afirma Alzira Nogueira, coordenadora da CUFA no Amapá.
Existem 8 polos de atuação por toda capital Macapá, que envolvem ações em todo o estado, reunindo atualmente 61 voluntários, moradores de diversas comunidades que contam com apoio de entidades parceiras em sua atuação.
O resultado do trabalho da CUFA no Amapá
No último ano, entre os meses de abril de 2020 e março de 2021, foram atendidas mais de 35 mil famílias através de ações diretas realizadas pela CUFA com parceiros e voluntários.
Essa atuação se reflete nos principais focos de trabalho da organização: segurança alimentar, empoderamento digital e empreendedorismo.
Neste campo, as ações para garantia da segurança alimentar e transferência de renda arrecadaram no estado mais de R$ 680 mil. Foram distribuídos mais de 2.900 cartões para alimentação, entregues através do projeto “Mães das Favelas”, além de mais de 39 toneladas de alimentos e 60 mil kits de higiene.
Além disso, são distribuídas, mensalmente, nos municípios de Macapá e Santana, cerca de 1.100 cestas básicas.
“O Amapá vive uma grave situação de pobreza. Tem dados que apontam que 56% da população do estado está em situação de pobreza. A fome é uma trágica realidade nas periferias, nas áreas de ressaca de todo o estado. Além disso, as populações convivem com muitas violências. É um cenário bem difícil”, afirmou Alzira Nogueira ao Lupa do Bem.
“Nossos esforços são importantes, mas ainda pequenos para fazer frente a essa realidade. É importante tirar da invisibilidade essas populações que estão na periferia da periferia”, pontua a coordenadora da Central Única das Favelas.
Rede Amapá Solidário: atuação conjunta com apoio da CUFA-AP
Fruto de uma parceria entre o Ministério Público do Trabalho (MPT-PA/AP), o Organismo das Nações Unidas Especializado em Infraestrutura Compras e Gestão de Projetos (UNOPS ), a Rede Amapá Solidário e o Centro de Atividades Sociais da Periferia (CASP), a iniciativa visa levar segurança alimentar, trabalhando na redução dos impactos causados pela pandemia do coronavírus no Amapá.
As ações estão focadas nas áreas de maior vulnerabilidade social e risco de alastramento de casos de covid-19 e, nesta etapa, o projeto conta localmente com a logística de distribuição da Central Única das Favelas no Amapá, que entregou mais de 4 mil cestas básicas – atendendo mais de 12 mil pessoas no estado.
“A CUFA-AP é uma das organizações que impulsionou a Rede Amapá Solidário, que atuou mais fortemente no ano passado e [que] no segundo semestre de 2021 está executando uma parceria com a Vale”, concluiu Alzira.
Locais de Atuação da CUFA-AP em Macapá
Bairro do zerão; Bairro Jardim Equatorial; Bairro do Congós; Conjunto São José; Bairro do Novo Buritizal; Ponte do Axé; Baixada Pará; Bairro do Novo Horizonte; Conjunto Macapaba; Quilombo da Ilha Redonda; Quilombo da Lagoa dos Índios; Quilombo do Curralinho; Quilombo do Ambé; Quilombo de São Pedro dos Bois; Quilombo da Campina Grande; Quilombo do Mel; Quilombo do Rosa; Quilombo da Casa Grande; Torrão do Matapi; Matapi Linha; e no Distrito Arquipélago do Bailique.
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