Opinião: Plataformas auxiliam terceiro setor a conquistarem mais doações e voluntariado

Por Fabiana Rosa, co-fundadora e líder do Lupa do Bem

29.02.24

Após o término das festividades de Carnaval, é momento de colocarmos em prática os planos que delineamos para o ano de 2024. Sabemos que manter nossas resoluções pode ser desafiador, já que muitas vezes o que desejamos alcançar parece distante e dependente de circunstâncias externas. Portanto, é essencial refletirmos sobre nossos objetivos de forma realista, e nos propondo a fazer diariamente o trabalho para alcançar o bem-estar que tanto buscamos.

Entre as resoluções mais comuns, está o desejo de ser mais solidário e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, mesmo com essa vontade genuína, às vezes nos vemos perdidos sobre por onde começar. A correria da vida pode nos deixar com a sensação de que simplesmente não temos tempo para nos dedicarmos a essas iniciativas. Ou então, podemos nos sentir sobrecarregados com a quantidade de opções disponíveis, sem saber qual causa abraçar ou como fazer a diferença de fato.

Desempenhando um papel crucial na abordagem de problemas sociais frequentemente negligenciados pelo Estado, as organizações do terceiro setor estão sempre dispostas a receber ajuda – seja por trabalho voluntário ou doações. É possível encontrar entidades em áreas frequentemente marginalizadas, como saúde, educação, meio ambiente, cultura, tecnologia, esporte, LGBTQIA+, idosos, ciência, crianças e direitos da mulher.

Uma recente pesquisa do Instituto Datafolha apontou que a falta de apoiadores financeiros é classificada como a maior dificuldade para 41% das organizações sociais. Além disso, a carência de doações de materiais e equipamentos afeta 13% das instituições e projetos sociais, e a baixa adesão de voluntários impacta 11% desse tipo de organização. 

A experiência voluntária também desempenha um papel crucial na saúde mental e física daqueles que dedicam seu tempo para ajudar os outros. Pesquisas científicas e organizações médicas, como a American Psychological Association (APA), confirmam que o engajamento em atividades voluntárias contribui para a diminuição do estresse e da ansiedade, enquanto aumenta a autoestima, promove o bem-estar emocional e até mesmo reduz o risco de depressão. No contexto brasileiro, os últimos dados da pesquisa “Doação Brasil”, realizada pelo IDIS, mostram que 84% dos brasileiros realizaram alguma forma de doação, sendo que 66% o fizeram por sentirem solidariedade com os mais necessitados. Além disso, impressionantes 90% dos doadores afirmaram que o fazem porque se sentem bem ao ajudar.

No entanto, encontrar um projeto social para ajudar pode ser uma tarefa desafiadora. O Lupa do Bem, uma iniciativa da Sherlock Communications, surge como uma ferramenta para impulsionar pequenas ONGs e projetos sociais, visando ajudá-los a conquistar a visibilidade e suporte financeiro. 

A plataforma realiza o mapeamento de uma ampla gama de projetos em todo o Brasil, facilitando a busca por iniciativas de acordo com preferências e interesses, oferecendo informações detalhadas sobre cada projeto, como a missão, objetivos e formas de colaboração. Comemorando recentemente dois anos de existência, o Lupa do Bem já divulgou mais de 300 projetos em conteúdos traduzidos também para o inglês e espanhol. 

Em um mundo cada vez mais individualista, dedicar tempo e recursos para ajudar iniciativas e projetos sociais é um ato de evolução. Ajudar o terceiro setor não só beneficia quem é assistido, mas também eleva nossa própria consciência coletiva, reafirmando o valor da solidariedade em nossa sociedade.

Fabiana Rosa
Jornalista e assessora de imprensa, Fabiana é Coordenadora de RP na Sherlock Communications e é responsável por liderar toda a equipe do Lupa do Bem.
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