Organização profissionalizante insere jovens no mercado de trabalho

Espro promove a capacitação e inserção de jovens em vulnerabilidade social no mercado de trabalho por meio de socioaprendizagem

27.03.24

Dados de 2022 da Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, revelaram que 7,1 milhões de jovens entre 14 e 24 anos não estudam nem trabalham.

Ciente dos desafios dessa população, o Ensino Social Profissionalizante (Espro) atua, de forma gratuita, na inserção de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no mercado de trabalho, através dos programas de jovem aprendiz e de estágio.

O Lupa do Bem visitou o Espro na última quinta-feira (21). Conhecemos as instalações da unidade da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, e conversamos com alunos e profissionais. Na oportunidade, os estudantes tiveram uma palestra sobre ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa).

Edilson, de 17 anos, conta que conheceu a instituição através de uma amiga e que isso ampliou seus horizontes. “Antes de trabalhar, eu não tinha uma perspectiva de formação depois do ensino médio. Agora, encontrei uma meta: ciências contábeis na USP”.

João, de 19 anos, trabalha em uma empresa de exportação de gás e conta que a oportunidade o ajudou a entender o mundo profissional e o quanto aquilo foi importante para sua vida.

Bem-estar além do ambiente de trabalho

Atuando há 46 anos, a organização atende anualmente cerca de 40 mil jovens em 8 filiais. Também possui 55 núcleos regionais espalhados pelo país, alcançando 1.067 municípios. Há ainda a opção de ensino EAD nos locais em que não existem unidades físicas.

“Para esses jovens com dificuldades de acesso, a gente disponibiliza um tablet e um chip com dados móveis”, explica Maísa Rigoli, Coordenadora Educacional do Espro.

Para auxiliá-los durante toda a jornada, a entidade possui uma equipe multidisciplinar com instrutor dentro da sala de aula, assistente social, analista de desenvolvimento e psicóloga.

Maísa ressalta que a contratação desse público também é uma oportunidade de crescimento para as empresas. “O programa de jovem aprendiz é uma forma de captar e formar talentos. Então, a aprendizagem traz um processo de formação junto com toda atividade”.

Ela explica que os jovens atendidos trabalham 4 dias na empresa e uma vez por semana vão ao Espro para atividades teóricas, variando entre 4h e 6h, de acordo com a carga horária de trabalho.

Em sala de aula são abordados conteúdos diversos. “Falamos sobre sexualidade, drogas, logística, gestão de pessoas, meio ambiente, além do mercado de trabalho. Lá há aprendizes de diversas empresas, então trabalhamos conteúdos de forma geral, assim eles têm a possibilidade de troca, de conhecer diferentes formas de atuar, de ferramentas e recursos. Agrega muito nesse processo de prática e teoria”.

Além da capacitação profissional, o Espro também se preocupa em formar cidadãos. Por isso, oferece oficinas de geração de renda, visitas domiciliares para garantir o bem-estar do jovem e sua família, oficinas de convivência e mapeamento da condição social.

Como funciona?

Para participar do Espro não é necessário fazer prova, apenas um cadastro no site da instituição. Ao finalizar, o jovem fica disponível no banco de talentos. À medida que surgem oportunidades, a organização encaminha de 3 a 5 perfis para a empresa, que faz a seleção.

Porém, é importante lembrar que para ser jovem aprendiz, é necessário ter entre 14 e 24 anos, estar estudando ou já ter concluído o ensino médio.

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Aline Louzano
Aline é jornalista na Sherlock Communications. No Lupa do Bem é a responsável por organizar as pautas, pelo mapeamento de ONGs e projetos, além de revisar as matérias
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