Programa Beatriz Nascimento oferece bolsas de doutorado no exterior para mulheres negras, indígenas e ciganas

Com objetivo de ampliar a participação de mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas na ciência, o Ministério da Igualdade Racial, em parceria com os Ministérios das Mulheres, dos Povos Indígenas, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, com o apoio do CNPq, anunciam o lançamento da Chamada Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência. 

A Chamada Atlânticas MCTI/CNPq/MIR/MMULHERES/MPI, Nº 36/23 para Bolsas no Exterior (SWE e PDE) conta com R$6 milhões em investimentos. O programa contempla bolsas de doutorado sanduíche e de pós-doutorado no exterior para pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas.

Critérios 

É necessário estar regularmente matriculado em cursos de doutorado reconhecido pela CAPES, ou que tenham concluído programa de pós-graduação reconhecido pela CAPES, em qualquer área de estudo.

O que é a graduação sanduíche?

É um tipo de programa no qual os estudantes que estão fazendo graduação, têm a chance de passar um período, de seis meses a um ano, estudando no exterior. 

Trata-se de um intercâmbio para alunos do nível superior, que oferece uma excelente oportunidade de expandir conhecimentos e muito mais, além de conviver com outra cultura e aprender um novo idioma.

Período de inscrição

Atenção para o prazo de submissão, que termina em 31 de janeiro de 2024. 

Você pode fazer propostas e concorrer nas seguintes faixas:

Faixa 1: Doutorado Sanduíche no Exterior, dá apoio a alunas formalmente matriculadas em curso de doutorado no Brasil que comprove qualificação para usufruir, no exterior, da oportunidade de aprofundamento teórico, coleta e/ou tratamento de dados ou desenvolvimento parcial da parte experimental de sua tese, a ser defendida no Brasil

Faixa 2: Pós- Doutorado no Exterior,  possibilita às portadoras de títulos de doutorado a capacitação e atualização de seus conhecimentos por meio de estágio e desenvolvimento de projeto com conteúdo científico ou tecnológico inovador, em instituição no exterior.

De onde vem o nome do programa Beatriz Nascimento?

Ela foi uma professora e historiadora sergipana, que sempre aliou a luta antirracista com a vida acadêmica. Foi cofundadora do Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF), e membro do MNUCDR, Movimento Negro contra a Discriminação Racial, cujo nome, com o tempo, foi reduzido para MNU.

Enquanto pesquisadora, Beatriz Nascimento estudou as formações dos quilombos no Brasil por duas décadas e foi expoente do feminismo negro, pesquisando as práticas discriminatórias que pesam sobre os corpos das mulheres negras.

A pesquisadora faleceu, vítima de feminicídio, em janeiro de 1995. Na época, ela cursava mestrado em Comunicação pela UFRJ.  Em 2021, Beatriz se tornou doutora honoris causa in memoriam pela UFRJ.

Para mais informações  acesse a Chamada na íntegra.