Com projeto que leva energia solar a favelas, brasileiro é finalista de prêmio global
Revolusolar: realizado em comunidades do Rio de Janeiro, ideia é criar um novo modelo energético acessível e sustentável
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou em julho deste os cinco finalistas do prêmio Jovens Campeões da Terra na América Latina e Caribe.
O brasileiro Eduardo Avila, 25, está no páreo com o projeto Revolusolar. A competição global visa identificar, apoiar e estimular jovens empreendedores com idade entre 18 e 30 anos e ideias inovadoras para proteger ou restaurar o meio ambiente.
Os cinco finalistas regionais foram selecionados entre mais de 845 inscritos por suas iniciativas visionárias e concretas para enfrentar as crises ambientais mais desafiadoras do mundo.
Revolusolar entre Concorrentes do bem
A mexicana Alejandra Contreras Casso López, por meio da iniciativa “Conectados por la Naturaleza”, capacita crianças e jovens estudantes a assumirem seu papel transformador para cuidarem do planeta com estilos de vida sustentáveis.
Já Eduardo Avila, do Brasil, desenvolve o projeto “Revolusolar” em parceria com duas favelas do Rio de Janeiro para co-criar um novo modelo energético acessível, sustentável e baseado nas comunidades.
O biotecnólogo Jeronimo Batista Bucher, da Argentina, criou, por meio da iniciativa “Sorui”, máquinas que produzem e distribuem automaticamente copos biodegradáveis feitos de algas marinhas, em substituição aos copos plásticos descartáveis.
O projeto “Yawa”, do peruano Max Hidalgo Quinto, consiste em uma tecnologia portátil, multifuncional e sustentável que absorve até 300 litros de água por dia da umidade atmosférica e da neblina.
Por fim, Alejandra Isabel Rivera Santos, de El Salvador, utiliza a coesão comunitária e visões compartilhadas em seu projeto “Let’s Do It” para promover o manejo sustentável dos recursos naturais, garantindo a prosperidade dos habitantes locais e a preservação de ecossistemas.
“Apesar dos desafios decorrentes da Covid-19, as soluções apresentadas pelos finalistas deste ano são incríveis. É claro que a pandemia não interrompeu a luta por um mundo melhor. Pelo contrário, ela nos fez lembrar o que está em jogo em nossa batalha pelo planeta e destacou a importância de reconstruirmos um mundo melhor para enfrentar a crise climática e preservar a saúde humana e do planeta”, afirmou a Diretora Executiva do PNUMA, Inger Andersen.
“Jovens de todo o mundo estão chamando a atenção para as escolhas erradas que fizemos e para os impactos futuros da destruição ambiental. Estamos comprometidos em garantir à juventude uma voz, uma plataforma e uma oportunidade para triunfar em sua jornada, enquanto inspiramos milhões de outras pessoas a se juntarem a essa luta”, acrescentou.
Premiação
Dos 35 finalistas em todo o mundo, apenas sete vencedores e vencedoras serão selecionados por um júri global, composto pela Diretora Executiva do PNUMA, Inger Andersen, pelo enviado do Secretário-Geral da ONU para a Juventude, Jayathma Wickramanayake, pela Apoiadora do PNUMA para Economia Criativa, Roberta Annan, e pela CEO da UN Foundation, Elizabeth Cousens.
Cada vencedor ou vencedora receberá dez mil dólares (US$ 10.000,00) em capital semente, bem como suporte personalizado para desenvolverem seus projetos e acesso a contatos e mentores capacitados.
Conheça mais sobre cada um dos 35 finalistas e seus projetos no site dos Jovens Campeões da Terra. Lá você encontrará biografias, resumos de cada ideia e vídeos curtos dos finalistas apresentando seus projetos. O júri global indicará os sete vencedores globais em dezembro. A cerimônia de premiação será realizada em conjunto com a dos Campeões da Terra.
Brasileira venceu ano passado
Não é demais lembrar que, em 2019, a brasileira Anna Luisa Santos venceu o Prêmio Jovens Campeões da Terra na América Latina e no Caribe. A jovem criou um purificador de baixo custo para limpar a água da chuva usando energia solar.