Por Éverton Cabral
A AMME tem o objetivo em despertar o cuidador para também cuidar da sua saúde mental uma vez que se tornam co-dependentes do transtorno
A Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME), criada por Sarah Nicolleli em 2018, tem como objetivo acolher, ajudar e promover a conscientização sobre a doença. Sua ação pioneira é uma referência no país, atendendo mães de norte a sul.
A AMME teve início quando Sarah descobriu que seu filho tinha a doença. Para ela era tudo novo e difícil de entender.
“Eu passei a pesquisar na internet sobre a esquizofrenia e não tinha nada que pudesse me ajudar. Então fiz um vídeo que viralizou. Depois disso, mães de diversas partes começaram a me chamar e criamos grupos para nos ajudar”, comenta Sarah.
Com sede na cidade de Curitiba, no Paraná, a organização vive de ações para angariar fundos e ajudar as famílias. No entanto, poucas contribuições são recebidas.
A Associação funciona através da ajuda de voluntários, incluindo outras mães. Além disso, sofre com a dificuldade de encontrar profissionais da saúde para voluntariado, visto que precisa ter afinidade com a temática esquizofrenia.
Desse modo, vale ressaltar que a esquizofrenia, segundo Fernanda (adicionar o sobrenome), enfermeira de saúde mental voluntária da AMME, é um transtorno mental complexo que afeta aproximadamente 1% da população mundial, impondo desafios significativos tanto para os pacientes quanto para seus familiares.
Combatendo a falta de informação e o preconceito
Muitas mães relatam as dificuldades em encontrar informações claras sobre o transtorno, além de suporte psicológico e médico adequado para seus filhos.
Diante desse cenário, a AMME surge para preencher essa lacuna, ajudando-as a entenderem melhor a condição de seus filhos e a lidarem com as dificuldades diárias.
A entidade também trabalha para combater o estigma social que cerca a esquizofrenia. Por meio de campanhas de conscientização, palestras e eventos comunitários, a AMME busca desmistificar a doença e educar a sociedade sobre a importância do acolhimento e do respeito aos indivíduos que convivem com transtornos mentais.
Além disso, defende políticas públicas mais eficazes para o atendimento e acompanhamento das pessoas com esquizofrenia, inclusive pleiteando a criação de centros especializados em saúde mental e programas de apoio financeiro para as famílias mais vulneráveis.
Acolhimento e rede de apoio
Para a fundadora da AMME, a associação é mais do que um grupo de apoio; é uma rede de solidariedade e união, onde cada mãe encontra um espaço seguro para compartilhar suas experiências, medos e esperanças.
O impacto desse trabalho já começa a ser percebido nas comunidades em que atua, trazendo maior compreensão e empatia para a realidade das pessoas com esquizofrenia e suas famílias.
Dessa forma, a AMME convida todas as mães e familiares de pessoas com esquizofrenia a participarem e ajudarem a construir essa rede de apoio, com o lema: “Juntas, somos mais fortes.”
Saiba como apoiar
A Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia aceita doações e voluntários. Para mais informações, entre em contato através do site. Também siga a organização no Instagram ou entre no grupo no Facebook.