Setembro Amarelo: voluntários se mobilizam na prevenção do suicídio
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, matando mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer
O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas todo o mês é dedicado ao tema, por isso Setembro Amarelo. A campanha, iniciada no Brasil em 2015, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o suicídio e como evitar essa tragédia. Ao mesmo tempo, há discussões sobre o tema e ainda são organizadas caminhadas, e alguns locais são decorados com a cor amarela
Já foram iluminados de amarelo locais como o Cristo Redentor, o Congresso Nacional, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza.
A organização da campanha acredita que falar sobre o tema é uma forma de compreender as pessoas que passam por situações que possam levar a ideias suicidas, as quais podem surgir de quadros de depressão ou consumo de drogas. Dessa forma, é possível ajudar a partir do momento em que esses sinais são identificados.
Assim, o slogan da campanha é Falar é a Melhor Solução, pois, segundo os organizadores, conscientizar a população pode prevenir 9 em cada 10 casos de suicídio
Origem do Setembro Amarelo
Segundo o portal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, a campanha começou nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Seus pais e amigos não perceberam que ele tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.
Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um Mustang 68, pintando-o de amarelo, por conta disso, o carro ficou conhecido como Mustang Mike. No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas e dentro deles a mensagem: Se você precisar, peça ajuda.
A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram, de fato, às mãos de pessoas que precisavam de apoio. Em consequência dessa triste história, o laço amarelo foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio.
Centro de Valorização da Vida
Se você estiver pensando em suicídio, procure ajuda ou fale com alguém — isso é muito importante. O ideal é buscar acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos. Também é essencial que a pessoa em sofrimento possa falar sobre o que está sentindo.
Se você se sente profundamente triste, tem pensamentos sombrios e, ocasionalmente ou com frequência, pensa em tirar a própria vida, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV), através do número 188, ou acesse o site.
O CVV fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio. Através de telefone, e-mail e chat 24 horas, todos os dias da semana. O atendimento é de forma voluntária e gratuita a todos que precisam de alguém para conversar. O serviço também é totalmente sigiloso.
O Centro de Valorização da Vida é uma entidade nacional, fundada em 1962, totalmente independente e formada exclusivamente por voluntários. O CVV oferece apoio gratuitamente. É indicado para aqueles que, normalmente, se sentem solitários ou precisam conversar de forma sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações.
Ainda há atendimentos presenciais em alguns endereços. Além disso, o serviço não possui viés religioso, político-partidário ou empresarial.
Saiba como contribuir com o CVV
Você pode se voluntariar ou colaborar com a instituição.