Iniciativa dos Emirados Árabes Unidos reconhece trabalhos que melhoram a vida das pessoas em áreas como saúde, energia e ação climática, entre outras. Inscrições se encerram em 23 de junho.
Reprodução Agência de Notícias Brasil-Árabe
Na manhã de terça-feira (20), o Prêmio Zayed de Sustentabilidade promoveu um evento de networking no Hotel Renaissance, em São Paulo. Estiveram presentes autoridades, jornalistas e representantes de ONGs da rede Lupa do Bem, como o Onçafari e o Tem Abelha no Meu Jardim.
O encontro foi uma oportunidade para troca de experiências, ampliação de contatos e esclarecimento de dúvidas sobre a premiação.
Em sua 17ª edição, o cônsul-geral dos Emirados em São Paulo, Abdalla Shaheen, afirmou que os participantes brasileiros têm potencial para se destacar.
O Prêmio Zayed de Sustentabilidade elege os melhores trabalhos que promovem mudanças na qualidade de vida das comunidades em que se inserem. Os prêmios são distribuídos nas categorias água, energia, saúde, ação climática, alimentos e escolas globais. O vencedor de cada categoria recebe US$ 1 milhão. Para as escolas globais, distribuídas em seis regiões geográficas, são dedicados US$ 900 mil no total, sendo US$ 150 mil para cada escola de Ensino Médio vencedora.
Podem se inscrever pequenas e médias empresas, organizações sem fins lucrativos e instituições de ensino. Em 2024, o prêmio recebeu 5.980 inscrições de instituições de 156 países, entre eles o Brasil.
As instituições que se candidatam devem enfatizar em sua inscrição a proposta de valor do seu projeto e demonstrar quantas pessoas o projeto deve impactar, tanto no momento da inscrição como se for premiado com US$ 1 milhão.
A organização não governamental Expedicionários da Saúde (EDS), que foi premiada pela iniciativa dos Emirados em 2023, participou do evento. Com sede em Campinas, no interior de São Paulo, a EDS leva atendimento à saúde indígena na Amazônia.
De acordo com o gerente de Marketing da EDS, Marcelo Lopes de Moraes, após vencer em sua categoria, a instituição conseguiu investir em tecnologia e equipamentos, como um centro cirúrgico móvel para operações de catarata. “Indígenas têm uma tendência maior a desenvolver catarata, porque estão muito expostos ao sol, e hérnias, em razão da grande quantidade de peso que eles carregam”, explicou o representante da EDS.
“Além do reforço financeiro, o prêmio nos trouxe visibilidade. Já fomos três vezes a Abu Dhabi [a capital dos Emirados] como convidados. Essa exposição também ajuda a nossa iniciativa”, disse Moraes à ANBA.
O prêmio para a EDS não chegou, porém, em sua primeira tentativa. A partir do final da pandemia, a instituição passou a participar de concursos internacionais em busca de visibilidade para o seu trabalho. Se candidatou ao Prêmio Zayed de Sustentabilidade em 2021, mas não foi selecionada como finalista. Realizou uma nova tentativa na edição seguinte, quando, enfim, se tornou vencedora da categoria saúde. “Acreditem no projeto de vocês. Nós acreditamos no nosso”, disse Moraes no evento.
A Câmara de Comércio Árabe Brasileira foi representada no evento pela vice-presidente de Marketing, Silvia Antibas.
Formulário de inscrição e informações estão disponíveis aqui.
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* Esse texto foi publicado originalmente no site da ANBA.
