Pensando nesses quesitos, muitos projetos sociais para mulheres foram criados com o intuito de combater a desigualdade de gênero e garantir a sobrevivência e o acesso a novas e melhores oportunidades.
Para que possamos avançar em prol da equidade e da justiça, as temáticas dos projetos podem variar desde de o incentivo à educação, esporte,cultura e impulso ao mercado de trabalho. Há, também, aqueles focados em amparar vulnerabilidades como a pobreza e a violência enfrentada pelas mesmas.
Para que você possa se inteirar e se engajar com essa causa, mapeamos alguns projetos sociais voltados para mulheres.
5 projetos sociais para mulheres
Mulheres do Sul Global
O projeto Mulheres do Sul Global foi criado com o objetivo de empoderar mulheres refugiadas por meio do seu ofício, a costura. Trata-se de um negócio local que promove o empreendedorismo e a formação de costureiras altamente qualificadas
A ideia de criar o projeto social para mulheres surgiu em uma viagem voluntária de Emanuela para a Índia, lá ela percorreu diversas cidades e conheceu de perto a rotina das costureiras que vivem nos vilarejos mais precários e violentos do país.
Desde o seu nascimento, o Mulheres do Sul Global busca ajudar mulheres refugiadas em situação de vulnerabilidade e pobreza. Suas ações são baseadas na promoção da capacitação de habilidades, aprendizagem e profissionalização, empreendedorismo e a criação e venda de peças têxteis.
MenstRua
O MenstRua é um projeto social que combate a pobreza menstrual em Manaus-AM. A iniciativa surgiu em 2021, com o objetivo de combater esse problema que aflige muitas pessoas em situação de vulnerabilidade.
*O conceito de pobreza menstrual diz respeito às pessoas que não possuem condições ou recursos para cuidar da higienização menstrual de forma adequada.
Procurando trazer dignidade para estas pessoas, o MenstRua conta com cerca de 40 voluntários que se dedicam a distribuir kits menstruais, promover o debate acerca da pobreza menstrual e cobrar por políticas públicas que tratem dessa causa.
Nina
Mulher, nordestina, periférica e pernambucana Simony Cesar é CEO da NINA, uma plataforma que utiliza a inteligência artificial para combater o assédio e a violência na mobilidade urbana.
A NINA é uma tecnologia inédita que cruza dados, auxiliando o processo de realização e registros de denúncias. Os dados são utilizados para garantir a melhoria da segurança e inclusão para todos nos transportes públicos.
Com a NINA é possível rastrear denúncias, aumentando a sua confirmação, geolocalizar usuários, ampliar a quantidade de dados extraídos e atuar em vários aplicativos ao mesmo tempo.
Desta forma, a plataforma possibilita a criação de um espaço urbano com mais equidade de gênero, incentivando a criação de políticas e projetos públicos que protejam a todos.
Casa das Pretas/ ONG Centro Coisa de Mulher
A Casa das Pretas/ONG Centro Coisa de Mulher é mais uma obra de grandes mulheres à frente de ações sociais: trata-se de uma iniciativa criada em 1994 por negras feministas, que tem como objetivo influir nas ações políticas que combatam a desigualdade de gênero, classe e raça.
Com o intuito de promover mudanças sociais e políticas para mulheres negras, as atividades da Casa incluem cursos profissionalizantes e teóricos, palestras e oficinas sobre feminismo, direitos humanos e literatura negra.
Todas as ações são voltadas para a formação de consciência política, o projeto social voltado para mulheres é um lugar de resistência e de re-existências.
ONG AMAC – Associação de Mulheres de Atitude e Comprometimento Social
A AMAC é uma ONG do Estado do Rio de Janeiro que tem como propósito defender e garantir os direitos de mulheres e famílias vítimas da violência doméstica. O projeto atua como uma importante ferramenta na quebra de silêncio de muitas mulheres.
A história da AMAC se iniciou quando a sua presidente Nill Santos decidiu dar um basta na violência que sofria há 10 anos, sua experiência motivou a criar um projeto que ajudasse as vítimas a quebrar esse ciclo tão doloroso.
A ONG trabalha com a ministração de palestras em instituições públicas e privadas, ações sociais de saúde, empreendedorismo, mobilização social, realização de eventos temáticos culturais, esportivos e de datas comemorativas.
Suas ações visam informar, empoderar e proteger as mulheres do feminicídio.
Por que apoiar projetos sociais voltados para mulheres?
Infelizmente, por mais que a luta das mulheres esteja em constante avanço, ainda há muito pelo o que lutar. Os dados comprovam que a desigualdade de gênero, especialmente quando engloba raça ou classe social, ainda é muito alarmante em nossa sociedade.
- Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, até Julho de 2022, o Brasil tinha mais de 31 mil denúncias de violência doméstica ou familiar contra as mulheres;
- De acordo com uma pesquisa divulgada pela FGV, em 2022, a participação de mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos homens;
- Ao realizar um recorte racial, um estudo feito em 2020 pelo Instituto Gênero e Número e da Sempreviva Organização Feminista apontou que entre as mulheres que afirmaram estar desempregadas, 58,5% são negras e 39% são brancas;
- A Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), do IBGE, de 2019 relatou que as mulheres também são mais vulneráveis à pobreza. Das 108,4 milhões de mulheres, 26,9 milhões eram pobres e 7,2 milhões, extremamente pobres.
Apoiar projetos sociais para mulheres é zelar pela construção de uma sociedade mais justa e promissora!