Websérie relata histórias de resistência e superação de pessoas LGBTs na terceira idade

De acordo com um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos LGBTs da América Latina, o Brasil teve 257 mortes violentas de pessoas desse grupo no ano de 2023, uma a mais do que o registrado em 2022. Este número mantém o país como o mais homotransfóbico em todo o mundo

O GGB, fundado no Brasil em 1980, foi registrado em 1983 por mandado judicial e declarado de utilidade pública municipal em 1987, afirma ainda que dos 257 assassinatos, 127 eram pessoas trans, travestis e transgêneros; 118 homens gays, nove lésbicas e três bissexuais.

Já de acordo com o Dossiê Mortes e Violência contra LGBTI+ no Brasil, os jovens dessa comunidade estão entre as principais vítimas. 

Muitos têm suas vidas ceifadas antes de completar 30 anos, por conta dessa discriminação. O canal CNN afirma que o Brasil é o país que mais mata quem apenas quer ter o direito de ser quem é. 

Luta contra a LGBTfobia

Você sabia que, desde 2019, a LGBTfobia é crime no Brasil, com punição de um a três anos de prisão? Esse crime é inafiançável e não prescreve, representando uma vitória dos direitos de quem só quer viver como quiser e amar quem quiser. A boa notícia é que a lei tem saído do papel e sido efetivada pelo Judiciário, apesar de nem sempre ser aplicada.

No dia 17 de maio, foi celebrado o Dia Internacional Contra a LGBTfobia, e é mais do que urgente refletir sobre essa violência brutal, que atinge tanta gente todos os anos e faz com que todos nós, independente da bandeira carregada, possa defender a vida e pregar o respeito por todos. 

Um respeito que é direito de todos e que começa com cada um de nós para que possamos celebrar mais vidas e chorar menos por elas. 

LGBT+60: Corpos que resistem

Mas nem tudo é choro e, para comemorar essa data tão importante, a Coluna da Neuza indica a premiada websérie LGBT+60: Corpos que Resistem, com relatos de superação, resistência, amor e orgulho. 

A série já está na sua terceira temporada, que estreou dia 17 de maio, com cinco episódios que abordam a trajetória de vida de cinco brasileiros LGBT+ que vivem a terceira idade em sua plenitude e felizes.

São depoimentos inspiradores que revelam a trajetória de luta e celebrações de brasileiros idosos pertencentes a esse grupo.

Os episódios, dirigidos e roteirizados por Yuri Fernandes, vão contar as nuances e conquistas por trás da vida da ativista Denise Taynáh Leite, de 74 anos; do jornalista Márcio Guerra, 63; da influenciadora Ana Carolina Apocalypse, de 65; da drag queen Luiza Gasparelly, de 60, e do aposentado Franco, de 67. A produção executiva é de Giulia da Graça, da produtora Vintepoucos.

A equipe da websérie é composta majoritariamente por pessoas LGBT+, incluindo pessoas trans, como o codiretor Gab Meinberg.

Os episódios já estão disponíveis no canal Futura, no canal Colabora no YouTube, e em outras plataformas.

Não deixe de assistir a essa série, que lança um novo olhar sobre uma parcela da população tão invisibilizada e desrespeitada por muitos!

Para assistir aos episódios, clique aqui.

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