Música e reciclagem incentivam estudantes

Entendendo a boa ideia:

Enquanto professora responsável pela biblioteca na escola, Andréia recebia alunos para realizar atividades no local e nesses momentos, percebia um grau de dispersão e indisciplina muito grande entre eles. Notou a falta de respeito pelo espaço de cada um dos alunos pelo espaço do outro.

Como consequência desses comportamentos, os alunos não conseguiam participar de maneira proveitosa das atividades propostas, e isso se refletia na sala de aula e em outros ambientes de convivência social. Foi aí que ela pensou em algo que eles pudessem fazer e que, indiretamente, mudasse esse comportamento, além de incentivar a integração entre os alunos e pudesse melhorar o desempenho escolar. 

“À princípio, trabalhávamos somente com os alunos do 6° ao 9º Ano. Em janeiro de 2020, as inscrições foram abertas para a comunidade do bairro e adjacências. Criamos o projeto com o intuito de minimizar a indisciplina e a dispersão dos alunos dentro e fora da sala de aula, então pensamos em atividades lúdicas e prazerosas ligadas a arte, para que, no horário escolar tivessem algum tipo de atividade diferenciada durante o tempo em que estavam na  escola, além da grade curricular. Uma atividade que incentiva a integração entre eles, desse noções de cidadania e ao mesmo tempo que fosse lúdica. Assim nasceu o Melhor da Hora. A ideia é transformar as horas que eles passam na escola, no melhor momento do dia.”, comenta Andréia, sobre o projeto. 

Como começou?

  • Oficinas de percussão com material reciclado; 
  • Oficinas de cidadania, saúde, direitos e outras;
  • Oficina sobre a preservação do Meio Ambiente.

Faixa etária do público atendido

A faixa etária atual é de 7 a 18 anos. O objetivo a médio prazo é também incluir idosos. 

Os principais materiais usados durante as atividades são reciclados, como latas de tinta e bombonas vazias. Isso ajuda e conscientiza os alunos sobre a importância da reciclagem, do reaproveitamento de materiais e para preservação dos recursos naturais.

Quais mudanças surgiram?

O envolvimento da comunidade é fundamental para manutenção do projeto

As atividades acontecem em espaços cedidos pela igreja católica local, pela Associação de Moradores e pela escola onde nasceu o projeto. Comerciantes da região também doaram camisas para os participantes do Melhor da Hora. Outra parceria muito importante é a da ONG Afro Lata, que colabora com o instrutor de percussão. 

Para a realização das atividades são necessários materiais de apoio, e o projeto não tem recursos financeiros para comprá-los. O lanche, que acontece durante as atividades, vem de doações esporádicas de dois comércios do bairro. 

Quando é necessário a compra de baquetas e outros materiais de apoio, como bancos de plástico para apoiar as latas, são realizadas atividades beneficentes com objetos doados para arrecadar fundos e cobrir essas despesas. A proposta do projeto é sempre usar material reciclável e nunca instrumentos comuns. Por isso, as bombonas e as latas de tinta vazias são conseguidas por meio de doações.

Desafio & Vitórias

Desafio: manter o projeto sem os diversos recursos necessários e estender as oficinas aos idosos, pois no bairro não há nenhum tipo de atividade que os contemple. 

Vitórias: o aumento constante do público beneficiado; os relatos das mães e responsáveis sobre a mudança nos filhos e filhas após a participação no projeto. 

Como apoiar para multiplicar?

“A equipe é formada por quatro pessoas: uma coordenadora, dois auxiliares e um instrutor. Esse último depende de sua disponibilidade de tempo, já que é cedido pela ONG parceira, a Afro Lata. Precisamos de um instrutor próprio que possa se dedicar integralmente ao projeto. Hoje, toda a equipe é voluntária. Precisamos também comprar materiais permanentes, como microfones, caixas de som amplificadas, pedestais para os microfones, bancos e outros”, comentou Andreia para a Coluna da Neuza.

Durante a pandemia, as atividades tiveram que ser diminuídas e o número de beneficiários também está sendo menor em cada oficina, mas continua ativo. O projeto tem atualmente trinta crianças e jovens inscritos. 

Um dos objetivos com a captação de recursos é o deslocamento de alunos que vivem em áreas mais distantes para as aulas, além da aquisição de uma sede para ampliar as atividades. 

Clique no link e faça sua doação. O projeto agradece!

Contato:[email protected]

 

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