Instituto inspira mudanças ao promover alfabetização de mulheres e crianças

Tudo começou porque Ilaci Oliveira Luiz, diretora e coordenadora do Instituto Nacional Lar dos Sonhos, se sentiu incomodada pelo fato de a maioria das catadoras, que atuavam na lixeira da comunidade, serem analfabetas funcionais.  

Essas mulheres viviam em extrema pobreza, pois a única renda vinha dos resíduos que recolhiam para vender. Muitas delas morreram durante a pandemia.

Como a organização ajudou essas mulheres?

Ilaci explica que “ajudou na questão da alimentação através de doação de cestas básicas, na alfabetização de impacto e o resultado é que temos oito mulheres frequentando a escola”. 

“Após passar pelo instituto e aprender o básico, como escrever nome e reconhecer números de 01 a 100, nós as encaminhamos para escola. Direcionamos também para a clínica da família mulheres que querem fazer ligadura de trompas, no caso, as que já engravidaram mais de duas vezes”.

Outras áreas de atuação

E em 2010, Ilaci conta que a chegada da UPP ( Unidade de Polícia Pacificadora), fez com que ela abrisse os olhos para fazer um trabalho mais focado. Foi então que ela percebeu que os homens que saiam da cadeia procuravam o Instituto Nacional Lar dos Sonhos em busca de empregabilidade, pensando que podiam conseguir ajuda, mas o Lar dos Sonhos não podia fazer muito.

Ilaci, além de atuar como voluntária na instituição, também é educadora parental: auxilia pais e filhos na educação. 

Hoje as principais atividades do instituto são: alfabetização de jovens e adultos, reforço escolar para crianças, atendimento a família, rodas de conversa com os pais e crianças maiores cuja pauta gira em torno da saúde em geral como câncer, câncer de mama, tuberculose, HIV, AIDS, DSTs, diabetes e outras. 

Essas rodas de conversas são organizadas e realizadas por profissionais de saúde que prestam serviço para a Clínica da Família Felippe Cardoso, localizada nas proximidades.

O objetivo do Instituto atualmente é levar a sustentabilidade para as mulheres moradoras da comunidade, avançar na educação e desenvolver um trabalho com mais qualidade e assim trazer reconhecimento para o instituto.

Além disso, pretende empoderar cada vez mais famílias que atuam na entidade e ao mesmo tempo são beneficiárias. Também há a preocupação em encaminhar os jovens para o mercado de trabalho, fazer trabalho social e ambiental com as famílias dentro do território, através da coleta seletiva de reciclagem.

O público atendido são mulheres, na maioria negras, em estado de vulnerabilidade social e econômica. Há também 10 famílias africanas, pessoas do grupo LGBT, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), demência e uma média de 15 PcDs – pessoas com deficiência. 

Necessidades do Instituto Nacional Lar dos Sonhos

• Materiais como pacotes de folhas A4, quadro branco, caneta, lápis, borrachas, mesas, cadeiras e outros materiais escolar;
• Voluntários que atuem dentro do Complexo da Penha, para dar oficinas e reforço escolar, mas que não tenham medo, porque ninguém mexe com ninguém. 
• Verba para ajudar a pagar o aluguel, compra de lanche para os menores, para custear coleta de doações diversas, e também arcar com os custos de passeios com as crianças. 
• Ilaci ainda diz que consegue muitas doações, mas perde por não poder pagar um frete para buscar.

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Ajudem! É um lindo trabalho que atende a quem precisa e é muito necessário na comunidade onde atua. 

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